• Ode ao burguês (fragmento) Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, O burguês-burguês! A digestão benfeita de São Paulo! O homem-curva! o homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, É sempre um cauteloso pouco-a-pouco! Eu insulto as aristocracias cautelosas! Os barões lampeões! os condes Jo[infinity]es! os duques zurros! Que vivem dentro de muros sem pulos; E gemem sangues de alguns mil-réis fracos Para dizerem que as filhas da senhora falam o francês E tocam o Printemps com as unhas! [. ] ANDRADE, Mário de. Poesias completas. Edição crítica de Diléa • Zanotto Manfio. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1987. P. 88. Honore Daumier. . Século XIX. Litografia Museu Carnavalet, Paris ABES LASTELL 0. 4. H. D. Tipos franceses: o banqueiro (século XIX), de Honoré Daumier. Ode: palavra de origem grega que significa "canto"; poema lírico que, em geral, exalta alguem ou alguma coisa, caracterizando-se por um tom alegre, entusiástico Printemps. Em francês, "primavera" - trecho de música erudita ("As quatro estações", de Vivaldi); alusão sarcástica ao hábito colonizado de tocar piano, como marca de requinte cultural. Fine Pc. Colado Releitura Escreva no caderno 1. Compare o título do poema com o seu conteúdo e responda: a) O que há de estranho no tom e no significado dessa ode, em relação ao sentido tradicional do termo?.

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