A lenda da racionalidade do Ocidente, centrada na Europa e nos Estados Unidos, demanda a definição de um novo modelo de relações e de sabedoria que leve em consideração a vivência social, política, histórica e cultural dos nossos povos como elemento central na geração de sabedoria. Trata-se de uma nova forma de ciência - um conhecimento libertador e que propõe a elaboração de uma teoria que parte do sul e de outras "periferias" pelo mundo, uma teoria da libertação, que tem no diálogo sua base fundamental, focando nas pessoas que sofrem com a opressão, segregação e exclusão social; o objetivo libertador aponta para uma comunicação intercultural (pluricultural), a capacidade de enxergar o "Outro" como uma alteridade imaginada, refletida e vivenciada, com base na história (Dussel, 1993; Oliveira, 2014). BORGES DE OLIVEIRA, L. Et al. Vida e a obra de Ignácio Martín-Baró e o Paradigma da Libertação. Revista Latinoamericana de Psicología Social Ignacio Martín-Baró, v. 3, n. 1, p. 205- 230, 2014. DUSSEL, E. O Encobrimento do Outro- A Origem do Mito da Modernidade: Conferências e Frankfurt. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993. O contexto acima está inserido dentro da perspectiva da colonialidade do saber e do poder e epistemologias do Sul, que ao revisitar a possibilidade de uma Psicologia latino-americana, se depara com a concepção hegemônica da influência europeia e norte-americana na produção do conhecimento. Sobre a crítica existente e a necessidade de descolonizar o conhecimento, leia as

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