Quando Franz Boas foi, com a ajuda de seu tio e de sua noiva, para os Estados Unidos (EUA), não encontrou um terreno muito propício para críticas ao evolucionismo. Ainda era o final do século XIX, tempo difícil para criticar autores como Morgan ou Frazer, ainda mais num contexto em que o próprio Boas descobriu, posteriormente, que os usos do evolucionismo excediam o âmbito acadêmico e tendiam para o militar. Ao estabelecer um vínculo com os EUA, realizou vários trabalhos de campo, sendo a mais importante dessas pesquisas a abertura para a crítica ao evolucionismo – e aqui está assentado o aspecto mais importante da contribuição boasiana para as Ciências Humanas. Considerando este excerto sobre as críticas de Boas ao evolucionismo, assinale a alternativa CORRETA: O grande mérito do evolucionismo para Boas estava no fato de que evolução, para os evolucionistas, atende a critérios restritos e delimitados pela cultura – e não a critérios estabelecidos anteriormente a elas, em outro lugar, como a Europa. No novo “método histórico” defendido por Boas, a precondição para o estabelecimento de grandes generalizações teóricas e a busca de leis gerais seria o estudo de culturas tomadas individualmente e de regiões culturais delimitadas. Segundo Boas, era melhor que o antropólogo não enxergasse nas culturas as diferentes temporalidades existentes entre os homens. O principal alvo de Boas não foi o método evolucionista, mas justamente a teoria evolucionista, razão pela qual passou toda a sua carreira usando formas de fazer pesquisas utilizadas pelos antropólogos evolucionistas. Para Boas não se poderia apreender a realidade das culturas estudadas se o antropólogo as tratasse como se estivessem fora da história.

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