A medida que esse credo se espalhou pelo resto da Europa, sua maior oposição ideológica veio dos intelectuais alemães, amiúde ministros protestantes incitados a defender a tradição nacional contra a civilização cosmopolita; os valores espirituais contra o materialismo; as artes e os trabalhos manuais contra a ciência e a tecnologia; a genialidade individual e a expressão das próprias ideias contra a burocracia asfixiante; as emoções, até mesmo as forças mais obscuras do nosso íntimo contra a razão árida: em suma, Kultur contra Civilização. Ao contrário do conhecimento científico, a sabedoria da cultura é subjetiva. Suas reflexões mais profundas são relativas, e não leis universais. O que é válido em um lado dos Pireneus pode representar um erro do outro lado. Mas quando a fé cultural é corroída, a vida perde todo o seu significado. Enquanto a civilização material está ganhando terreno, em toda a sociedade europeia, as nações lutam para manter uma cultura espiritual, expressada acima de tudo por intermédio da linguagem e das artes. KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. EDUSC, São Paulo, 2002. I. A principal oposição ao credo em expansão na Europa veio de intelectuais italianos, que defendiam a tradição nacional e valores espirituais contra a civilização cosmopolita. II. Os intelectuais alemães que se opunham ao credo defendiam a ciência e a tecnologia, a burocracia e a razão árida, em detrimento da genialidade individual, da expressão das próprias ideias e das emoções. III. O texto argumenta que, enquanto a civilização material avança em toda a Europa, as nações perdem interesse em manter sua cultura espiritual, expressa principalmente pela linguagem e pelas artes. IV. A fé cultural, segundo o texto, é essencial para dar significado à vida, e sua corrosão leva à perda desse significado. V. A cultura espiritual é mantida principalmente por meio da linguagem e das artes, enquanto a civilização material está ganhando terreno. ​Com base no texto acima, avalie as afirmações a seguir: Alternativas Alternati