Não há como negar que as primeiras décadas do século XXI tem se caracterizado pela popularização do acesso a computadores, internet e telefones móveis (smartphones). As possibilidades que essas tecnologias e equipamentos têm proporcionado são inúmeras, por outro lado, têm impactado, de forma significativa, o acesso, a recepção, a interpretação, a produção e a comunicação do conhecimento. Em especial, têm abalado antigas noções e estruturas atribuídas ao "tempo", ao "espaço", ao "autor/artista" e ao "público/audiência". Nesse sentido, Castells (2018, p. 541) explica que: "A mistura de tempos na mídia dentro de um mesmo canal de comunicação, à escolha do espectador/interagente, cria uma colagem de tempo em que não apenas se misturam gêneros, mas seus tempos tornam-se síncronos em um horizonte aberto sem começo, nem fim, nem sequência. A intemporalidade do hipertexto de multimidia é uma característica decisiva de nossa cultura, modelando mentes e memórias das crianças educadas no novo contexto cultural"