Em 1580, em Bordéus, Michel de Montaigne publica, pela editora de Simon Millanges, a primeira edição dos Ensaios em dois livros. A última, bastante ampliada com anotações e um terceiro livro, saiu postumamente em 1595, editada por Abel l’Angelier. O título é inusual e responde a um projeto filosófico inédito, escrito na primeira pessoa [...]. Na sua viagem rumo ao coração da Antropologia e História, Montaigne escolhe a atitude norteada pela dúvida como sismógrafo e bússola da alma, que Protágoras via como operativa na natureza (Protágoras diz que “não há nada na natureza que não seja a dúvida”), e, sobretudo, rumo à renovada fórmula do Que sais je? (O que sei?), à qual juntará, formando uma trilogia que Kant tornará famosa, duas outras perguntas: “O que devo fazer?”, “O que posso esperar?”” (Panichi, Nicola. Montaigne: A consciência crítica do renascimento [p. 7]. São Paulo: Salvat, 2017). Em sua obra seminal "Ensaios", Michel de Montaigne desenvolve uma abordagem única para a compreensão do eu e do mundo ao seu redor. Como ele articula sua perspectiva filosófica através do conceito de "Que sais-je?" e como isso se relaciona com seu ceticismo filosófico e busca pela verdade da natureza humana? Assinale a alternativa que melhor responde a essas questões.

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