Urbanização intensa já afeta evolução de organismos na Terra Estudo global com participação de pesquisadores da Unesp mostra como aumento de estilo de vida baseado em cidades está influenciando o desenvolvimento de espécies vegetais. Para biólogo, processo chama a atenção pela velocidade com que transformações estão ocorrendo. Marcos do Amaral Jorge Cem anos atrás, quando o mundo ainda procurava se reerguer da devastação humana e econômica causada pela combinação da Primeira Guerra Mundial com a pandemia de Gripe Espanhola, o número de pessoas que residiam em cidades com mais de 20 mil habitantes batia na marca dos 250 milhões de pessoas, ou o equivalente a cerca de 13% da população do planeta. Em 2020, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), as áreas urbanas já contabilizavam 4,4 bilhões de pessoas, ou 56,2% da população global. E a tendência é que o crescimento continue em ritmo acelerado, chegando a 68,4% dos habitantes do planeta no ano de 2050. A acomodação de um contingente populacional dessas proporções nas cidades implica a formação de verdadeiros ecossistemas criados pelo homem, além de profundas alterações no meio ambiente. Nas últimas décadas, os pesquisadores da área de ecologia urbana vêm tentando entender melhor os efeitos desta urbanização intensa e acelerada, e a capacidade exibida por certas espécies para se adaptarem aos novos ecossistemas. Agora, uma iniciativa global de pesquisa, que contou com a participação de pesquisadores da Unesp, concluiu que o processo de urbanização está impulsionando a evolução de uma espécie de planta. Embora não seja uma novidade o fato de que a transformação humana sobre os ambientes esteja alterando de forma drástica os ecossistemas, o artigo publicado nesta quinta-feira na revista Science traz evidências de que a ação humana e o ambiente urbano estão orientando a evolução de plantas de forma semelhante e em escala mundial. "O fato de que uma planta responde evolutivamente às mudanças do ambiente urbano é algo muito mais inten

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