Resposta :

A uma concepção inatista do desenvolvimento humano, vê o processo de desenvolvimento como o desabrochar de características internas, genéticas ou constitutivas. Desta forma, o que o indivíduo se tornará é proveniente, basicamente, do que já se encontra nele contido, embora se admita que este ‘aflorar’ também dependerá de condições ambientais externas adequadas. Na educação, esta concepção tem sido erroneamente ligada a uma atitude de laissez faire, de esperar que alunos ‘amadureçam naturalmente’, ou, mais grave ainda, de não esperar muito daqueles que por herança genética ou cultural não apresentam bom prognóstico. Afinal, se ‘filho de peixe peixinho é’ e ‘pau que nasce torto morre torto’ mesmo, para que tentar ?
Na educação infantil, o atendimento assistencialista ainda encontrado freqüentemente em creches que atendem à população de baixa renda, onde crianças são “guardadas” durante a jornada de trabalho da mãe, exemplificam esta concepção de desenvolvimento. Asseguram-se condições de cuidados físicos e espera-se que o resto ocorra, como decorrência natural.

A segunda refere-se a uma concepção ambientalista de desenvolvimento e aprendizagem. Nela, o que somos é exclusivamente oriundo das estimulações que recebemos do meio ambiente. Nosso papel é passivo. Somos receptores moldados pelos conteúdos que a sociedade nos impõe.

A ênfase de muitas pré-escolas nos programas de educação compensatória filia-se a esta visão de desenvolvimento. Ante sala da escola, a educação infantil passa a ter como objetivo ‘treinar’ habilidades viso-motoras, que supostamente facilitariam a aquisição posterior da leitura e escrita.

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